#19.

« A: vem, dá-me a mão sem qualquer medo.
  
B: mas e se eu cair?
  
A: se caíres, eu caio contigo mas isso não irá acontecer.
  
B: vais segurar-me mesmo quando estiver prestes a cair do precípio mais alto?
  
A: óbvio que sim mas isso não será preciso.
   
B: e então porquê? o que te dá tantas certezas?
  
A: o que sinto por ti, dá-me toda e qualquer certeza. o que sinto por ti é tão grande e tão forte, que fará com que nunca te aproximes de qualquer perigo, com que nunca te magoes ou derrames uma lágrima.
  
B: mas e se por acaso, alguma dessas coisas acontecer?
   
A: não vai acontecer, eu sei mas SE acontecer, eu irei segurar-te com toda a minha força e abraçar-te-ei até sorrires e sentires o mesmo que eu sinto.
   B: mas não preciso que me abraces para que eu sinta o mesmo que tu sentes, preciso apenas que estejas lá e mostres que não és como todos os outros.   

   A: mas não sou como todos os outros, nem no meu pior momento. sabes porquê? porque eu te amo à minha maneira e disso, nunca ninguém será capaz. »




(continua...)